Ser abandonado pela mãe, e na possível iminência de se tornar milionário reencontrá-la diante das câmeras de TV. Final feliz? Não sei. Mas estas situações mal resolvidas, que geram traumas para toda uma vida necessitam de um final, seja ele satisfatório ou não. Não estou totalmente por dentro da história do Carlinhos Silva humorista, mas de uma certa forma, baseado em minha própria vivência em dramas familiares, fico feliz que tenha se chegado a um desfecho, um fim. Ainda que este fim (alimentado pela ânsia da mídia sensasionalista) seja o começo de um novo drama. E claro, as feridas sempre deixam cicatrizes. O passado não muda, e nem a dor de ter sido abandonado desaparece, mas o reencontro, o acerto tem realmente um “quê” de ponto final.
Outra história não menos explorada pela mídia (embora com um enfoque infinitamente menos sensacionalista) não teve um fim. Um seqüestro que no último dia 02 de agosto completou 36 anos, tem características que até hoje confundem e dividem a opinião pública. Há quem tenha certeza da responsabilidade dos pais, mas esta história dificilmente terá um desfecho, satisfatório ou não. Essa mãe, tenha ou não responsabilidade sobre o desaparecimento do filho jamais terá a chance que a mãe do participante do reality show teve de reencontrar o filho.
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