Anteontem assisti ao vídeo de conclusão de curso (curso concluído há nove anos, diga-se) de minha amiga Ceiça. A despeito de toda dificuldade e limitação de quem faz um trabalho deste tipo sem recursos, eu gostei muito do resultado, e passados os primeiros minutos, você está tão absorto na história que eventuais precariedades nem se fazem notar, caso existam. Mas não é esse o ponto que eu quero tratar.
O curta que é no estilo documentário (usando também dramaturgia) fala dos lugares mal assombrados de Recife. Ontem andando pela orla de Copacabana fiquei imaginando se há algum lugar mal assombrado famoso aqui no Rio. Deve haver... mas neste ponto de meu devaneio dou de cara com a estátua de Carlos Drummond de Andrade, obviamente com sua devida e tradicional depredação nos óculos.
Começo a imaginar se não é o próprio espírito no consagrado poeta que volta para dar uma modernizada no seu visual. Com o avanço da medicina aqui na nossa terra de expiação, imagino que as cirurgias espirituais estejam igualmente modernas, e que nosso querido Drummond pode muito bem ter operado a miopia e esteja ansioso para dar este retoque no visual. Ele vem, tira o óculos, os responsáveis pelo patrimônio público recolocam, e fica essa guerra... Façamos a vontade do poeta, e o deixemos mais moderno e contente com o seu visual...
Seria bom não? Teríamos uma alegria dupla de que : 1) Drummond feliz, aprovaria seu novo layout. 2) Não são vândalos que depredam um patrimônio artístico e cultural da cidade. Pena que isso é só um exercício de imaginação.
Melhor recolocar quantos óculos sejam necessários. Drummond está muito acima de dilemas estéticos, e deve estar dando um tempo de olhar para o Brasil, por puro desgosto. Devemos ter sempre o “dinheiro do ladrão” disponível, ou seja, antes ter um óculos para saciar a sanha destrutiva de uma parcela ignara de nossa população a atiçar maiores cobiças...
Senão periga a estátua amanhecer sem cabeça.
O curta que é no estilo documentário (usando também dramaturgia) fala dos lugares mal assombrados de Recife. Ontem andando pela orla de Copacabana fiquei imaginando se há algum lugar mal assombrado famoso aqui no Rio. Deve haver... mas neste ponto de meu devaneio dou de cara com a estátua de Carlos Drummond de Andrade, obviamente com sua devida e tradicional depredação nos óculos.
Começo a imaginar se não é o próprio espírito no consagrado poeta que volta para dar uma modernizada no seu visual. Com o avanço da medicina aqui na nossa terra de expiação, imagino que as cirurgias espirituais estejam igualmente modernas, e que nosso querido Drummond pode muito bem ter operado a miopia e esteja ansioso para dar este retoque no visual. Ele vem, tira o óculos, os responsáveis pelo patrimônio público recolocam, e fica essa guerra... Façamos a vontade do poeta, e o deixemos mais moderno e contente com o seu visual...
Seria bom não? Teríamos uma alegria dupla de que : 1) Drummond feliz, aprovaria seu novo layout. 2) Não são vândalos que depredam um patrimônio artístico e cultural da cidade. Pena que isso é só um exercício de imaginação.
Melhor recolocar quantos óculos sejam necessários. Drummond está muito acima de dilemas estéticos, e deve estar dando um tempo de olhar para o Brasil, por puro desgosto. Devemos ter sempre o “dinheiro do ladrão” disponível, ou seja, antes ter um óculos para saciar a sanha destrutiva de uma parcela ignara de nossa população a atiçar maiores cobiças...
Senão periga a estátua amanhecer sem cabeça.
2 comentários:
Eu conheço vários lugares mal assombrados aqui no RJ, hj mesmo de manhã estava gravando a novela em um deles.
beijinhos
ai meu deus...
adoro devaneios criativos!
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