segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Palavras apenas


Não tenho pressa. Tiro cada véu como se fosse o único e descortino o Universo como se não houvesse lei... Enxugo as lágrimas de prazer e sorvo o veneno lentamente esperando... esperando. Esperar não cansa. Esperar vem de esperança.


Mais uma noite esperando algo que não vem, que não sei se tem. Dentro de mim corre o desejo de encontrar comigo, que não vejo e nada vejo além de perigo. Medo de quê? Vá entender.


* * * *


Amanhã eu estou de folga. Dormir até tarde, e depois dar um jeito no que precisa ser ajeitado. Preciso comprar uma camiseta. Ah, e tem a festa de final de ano do programa. A última com o nosso atual diretor. Tô meio melancólico. Não sei se só por conta das mudanças, tem esse lance de final de ano, essas paradas todas... ah dá um negócio...


Mas de qualquer forma já está batendo aí a hora das simpatias. Comprei a indefectível cueca amarela, vou comer lentilha e prometer caminhar mais e beber menos. Como todo ano.


Também se eu caminhar menos eu paro. E se eu beber mais...


Por falar em beber, desde mínha última petê na Lapa, estou um monge... Deus do céu, sensação horrível, de chegar no fundo do poço...


Bom, por hoje é isso que eu estou caindo de sono.


Marisa Monte e Ed Motta "Ainda Lembro"
Suzy Quatro "If you can´t give me love"
Falco "Rock me Amadeus"
Luís Melodia "Gostava tanto de você"
Susanna Hoffs "Eternal Flame"
White Lion "Wait"
Sam Sparro "Black and Gold"
Roberto Carlos "Se eu partir"
Jason Donovan "Sealed with a kiss"
Orquestra Imperial "Artista é o caralho"

domingo, 14 de dezembro de 2008

Madonna, Susana, domingo e saudade...



Primeiramente vou tocar num assunto que ficou na minha cabeça. A respeito de minha última postagem, quero deixar claro que eu gosto da Madonna, pode parecer dor de cotovelo de quem não vai ao show. De maneira nenhuma. Acho muito legal, bacana mesmo, essa euforia de quem vai, investimento alto, meses de espera, enfim. Mas pelo fato de nesses últimos dias só se falar nisso, pinta um bode, e a gente se sente na obrigação de falar mesmo algo a respeito. Mas ainda acho que ela não é a maior artista do mundo. Para falar a verdade acho que este ranking seria um ranking burro, afinal, como determinar quem é o maior? Mas enfim...




Mudando agora. Susana Vieira. Deve estar arrependida até o último fio de megahair da (também mega) exposição a que se submeteu quando casou com o então PM. Como querer agora nesta altura do campeonato ser preservada de tudo isso o que está acontecendo? Sua vida está sendo devassada, todo mundo dando pitaco, capa de tudo o que é revista e jornal. Fico compadecido, mas esse é o efeito colateral de um remédio que ela mesmo quis tomar. Na hora de dizer que casou com um homem 30 anos mais jovem, que tem 60 anos mas coloca muita de 20 no chinelo, que é poderosa, ela convocou toda a imprensa, também estampou sorridente todas as revistas e jornais a que teve direito. Como diz o ditado, quem procura...




Não quero dizer com isso que acho que ela mereça estar passando por tudo isso. Ao contrário, sempre a admirei enquanto artista, confesso, enquanto mulher também. E ninguém merece isso. Pagar por ter amado, por ter acreditado, por ter perdoado... Cada um sabe de si. Pelo menos não li uma única linha dizendo que ela reclamou do assédio da imprensa, ela está enfrentando dignamente a situação. Espero que ela daqui pra frente entenda a importância de procurar se proteger, a mídia é uma faca perigosamente afiada, que possui dois gumes. É como vendermos a alma ao diabo. A fatura final não tem graça nenhuma.




Opinião registrada, assunto encerrado.




Fim de ano. Vontade de comprar uma máquina fotográfica digital ou uma impressora multifuncional, na verdade as duas. Acho que vou optar pela máquina fotográfica. Sem impressora bem ou mal ainda dá para se virar um tanto...




Adoro fotografar, essa é que é a verdade... Ainda vou ser bom nisso. Vi na semana passada uma linda matéria na Trip sobre as fotografias tiradas pelo pai da jornalista Ana Maria Bahiana ao longo de sua vida. Inspirador... Admiro demais as pessoas que não têm preguiça de fazer algo que gostam, e que exige dedicação constante, geralmente sem retorno algum. Acredito que a preguiça seja o meu pior defeito. Hora de consertar.




Esta semana eu fiz uma coisa que eu não estou muito certo se foi a coisa certa. Talvez toque neste assunto depois, mas por enquanto não posso... Uma brincadeira que pode dar errado... Falarei disso futuramente...




Bom, um domingo nublado é um dia que poderia ser facilmente chamado de "Dia da Saudade". Tenho umas recordações de quando eu era criança, e minha mãe dava um curso de artesanato viajando pelo interior de São Paulo, e eventualmente a outros estados também. Eu ficava às vezes 15 dias sem vê-la, e durante a semana dormia na casa de minha irmã mais velha, que é minha madrinha. Minhas outras irmãs trabalhavam ou estudavam, ou os dois, e eu não tinha com quem ficar em casa, para onde voltava aos finais de semana. Dormir na casa de minha irmã era algo que eu gostava sempre, mas ficar tanto tempo longe da minha própria casa, me dava uma sensação de abandono insuportável... Eu sofria mesmo, geralmente calado. Estar num lugar onde nada é seu é particularmente aterrador quando se tem 5 ou 6 anos...




Então aos finais de semana, geralmente eu voltava para minha casa, meus brinquedos, minhas irmãs, minha TV... Mas sabia que era por pouco tempo e isso me torturava. Tinha umas primas, jovens adultas como minhas irmãs, que quase sempre dormiam em casa nos finais de semana. Era um clima de festa a minha casa. No final da tarde de sábado, quando elas se aprontavam para sair à noite, era muito agitado... Eu ficava sempre num canto observando, e tentava depois ficar acordado para quando elas voltassem, claro que eu nunca consegui. Muita recordação...




No domingo, sabia que teria que ir embora... que no dia seguinte iria para a escola, e deixaria meu mundinho de novo... ficava deitado em minha cama, lembro dos dias chuvosos... no rádio Elvis Presley, Beatles e Roberto Carlos, de um programa cafonésimo que minhas irmãs ouviam chamado "Clube dos Reis" (a saber, do rock, do iê-iê-iê e Roberto que não sei ao certo rei de quê, se da música romântica, da Jovem Guarda, enfim). Uma rádio AM, cujo som deixava tudo ainda com mais cara de antigo. E eu deitado, quase sempre triste, calado... Minha infância foi feliz, tenho saudade, mas eu era meio melancólico, acho que é da natureza da gente. Tinha e tenho até hoje uma imensa saudade sem saber ao certo de que...
Fim de ano é tempo de resgates e reflexões. Bom domingo nublado



Alphaville "Forever Young"
Sandra "Maria Magdalena"
Ben Harper "Waiting On An Angel"
Christopher Cross & Alessi Brothers "Forever"
Colbie "Midnight Bottle"
Colin Hay "Against the Tide"
Eagles "Hotel California"
Falco "Der Komissar"
Falco & Brigitte Nielsen "Body Next To Body"
Hoodoo Gurus "Come Anytime"

sábado, 13 de dezembro de 2008

Desculpa a demora...


Novo post, já era tempo. Não posso ficar tanto tempo sem postar, tinha prometido.

Onde parei? Hotel Lancaster.

Gostei da peça e dos atores. Um pouco curta, mas acho que disse o que tinha a dizer, mais seria derrapar. Recomendo.

Show da Madonna. Não vou. Estou na contramão (para variar). Putz, eu estou com um déficit de cinema, de TV, de teatro (um pouco menos), jornais, revistas... estou sem antena nenhuma. Praticamente uma cápsula do tempo. "Eu sei de quase tudo um pouco e quase tudo mal". Porque tudo me interessa, mas tenho pressa, muita pressa. Ah, preguiça também, é verdade, mas não podia deixar de citar a música.

Estou escrevendo como se muita gente estivesse lendo mas sei que não. Então posso escrever impropérios, todos os pensamentos censurados (melhor seria dizer censuráveis). Posso. Mas não vou, porque "nada do que posso me alucina tanto quanto o que eu não fiz".

Mas voltando a falar da Madonna. Um amigo me disse que ela é a maior artista do mundo. É? Olha sinceramente gosto da Madonna, ok, mas detesto estas verdades absolutas, e tenho profunda preguiça do termo "imperdível". Podia dizer que é só pelo preço do ingresso que eu não vou (não estaria mentindo absolutamente) mas eu tenho preguiça mesmo. E como disse, profunda. Mas aos que vão, bom show, divirtam-se por mim. Se eu ganhar um ingresso até o último show, eu vou. Mas não gastaria essa grana. Se dentre os milhares de leitores deste blog houver alguém que faça questão absoluta que eu vá, é bom me dar o ingresso e não o dinheiro. Porque senão eu compro minha impressora e vejo o show pela TV mesmo. Evoé.

E por falar em TV, "A Favorita" segue, imperdível. (Ué, eu não tinha preguiça deste termo? Mas aqui ele é aplicado no entusiasmo e não na conotação "nossa, você não vê?" que vem acompanhada daquela expressão padrão de pena e desprezo). Segue uma trama bem urdida, com 99 por cento das atuações excelentes, a cena da morte do Gonçalo é antológica. Macabra.

Bom, sem muita inspiração me despeço.

Tá difícil a concentração hoje.


"Sândalo de Dândi" - Metrô

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Um dia comum


Não deu para assistir " Hotel Lancaster ". Os ingressos estavam esgotados para hoje e amanhã. Mas eu consegui através da Cris, ingressos para amanhã, bem um dia que não sei se vou poder. Bom mas depois tem festa para ir. Morro da Urca, fui uma vez, muito bom. Se eu puder, vou aos dois eventos, se não puder... paciência.


O corpo tá reclamando. Hoje foram doze horas no trabalho, fora os trajetos de ir e vir. Fui ao mercado, entrei e, apesar do horário, tava uma fila demônia. Olhei desanimado... Quer saber, vou pra casa. Quero dormir, ver se chego cedo e adianto o meu lado, os prazos estão terminando e cada dia eu tenho uma novidade para atrasar o andamento do meu trabalho. Melhor não me estender.


Estava caminhando da minha tentativa frustrada de abastecimento básico, e pensei "trinta e quatro anos, o dobro de dezessete". Aliás, em menos de dois meses serão trinta e cinco. O que significa que quem nasceu quando eu estava quase prestando o vestibular, já está quase prestando o vestibular. Me preparei para ficar chocado e não fiquei. Hoje em dia muitos adolescentes têm metade da minha idade. Daqui a um pouco mais de um ano, muitos adultos terão metade da minha idade. Uma garota que estudou comigo tem uma filha adulta, o que tecnicamente significa que ela pode ser avó.


Eu sou tio-avô. "Ganhei esta caneta do meu tio-avô". A cena é um velhinho bonachão entregando uma lembrancinha a uma criança que preferia muito mais ganhar um carrinho.


Bom, ultimamente não presenteei ninguém, nem com caneta nem com carrinho.


Preciso ligar para minha família, meus afilhados. Quando vejo já está tarde.


Mas estou curtindo esta fase workaholic.


Esta semana um amigo meu está aqui com um grupo de estrangeiros. Mal consegui falar com ele. Uma amiga minha hoje me ligou só para dizer que não liga pelo fato de eu não ligar para ela.

Se eu não ando ligando nem para mim...


Tá chato isso hoje né? A impressão é que já fui mais criativo e interessante. Explico. Minha intenção hoje é escrever um dia da minha vida, como se fosse um diário. Nada demais, um dia comum.


Um dia comum em meio a tanta coisa incomum no mundo em que a gente vive. E no meu mundo particular. Ultimamente sou um asteróide sem rota definida. Nem música estou escutando agora para se ter uma idéia.


Mas é isso. Por hoje, findos os trabalhos. It´s been a hard day´s night.


Carpe noitem.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Estresse de final de ano




Todo mundo anda muito estressado. Vida moderna, isso aí! Final de ano, mudanças chegando, contas que não vão fechar, contas que vão abrir, onde vou passar o revéillon, meu Deus?

E aí, onde vai parar a cordialidade, o espírito de equipe? Se o meu trabalho sair a qualquer custo passando por cima do trabalho dos outros isso não vai me prejudicar também.

Imagine que você está sofrendo de gases, comeu algo que realmente não vai lhe fazer bem. Você está sozinho no elevador, dane-se. Lá se foi... só que assim que você abre a porta lembra-se que deixou as chaves do carro em casa ou o gás ligado (já que o assunto é esse mesmo...). Você volta, entra aperta o doze que é o seu andar (desculpa, Nando, mas seu verso aqui caiu muito bem), e o bendito elevador para no terceiro. Aquela mulher linda que você paquera há décadas faz menção de entrar, torce o nariz, olha para você com uma cara de nojo e finge ter esquecido algo também para não compartilhar a catinga com você. Pênalti.

Não adianta nada correr sem pensar no que vem atrás. A vítima pode ser você mesmo. Por isso nesta época sobretudo a gente tem que fazer um esforço maior para ver o outro... saber que todo mundo a priori dá o melhor de si. Tentemos pegar leve.


Pouco tempo. Muito a dizer.


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Será que consigo assistir "Hotel Lancaster"?


"O grito" - Edward Munch

"As sete vampiras" - Leo Jaime

"Glory Box" - Diverse Kunstnere

"I´ll never fall in love again" - Dionne Warwick

"For you" - Coldplay
"Mac Arthur Park" - Donna Summer

"I can´t help falling in love" - Elvis Presley

"She drives me crazy" - Fine Young Cannibals


segunda-feira, 24 de novembro de 2008

A anti-motorista de ônibus


O que mais estranhei quando cheguei ao Rio de Janeiro foi o transporte coletivo.
Minha vida inteira sempre andei de ônibus, aos oito anos pegava o Estação São Caetano a duas quadras da minha casa e descia em frente à escola, me sentindo um adulto.

Como até a idade de hoje nunca priorizei no meu orçamento um saving para comprar um automóvel, reuni uma considerável milhagem pelas catracas da vida. Nunca me incomodei muito, embora vez por outra um ônibus mais lotado ou um motorista de mau-humor fizessem com que eu amaldiçoasse os cd´s, os livros e as cervejas que sugavam meus recursos me impedindo de ter o suficiente para comprar um possante ainda que bem velhinho.

Pois bem. Mudei-me para a cidade maravilhosa. E foi na zona sul do Rio de Janeiro que eu adquiri um trauma de transporte coletivo que beira a neurose.

Já escapei uma centena de vezes de ser atropelado porque o motorista passa na outra faixa ignorando solenemente o rebanho que aguarda no ponto. São capazes até de buzinar dando tchauzinho. E entre perder a vida e o emprego numa sociedade como a nossa, a segunda opção pode ser pior pois a primeira ainda quitaria meu apartamento, e eu por diversas ocasiões me atirei por entre os carros entrando, à base de pancadas na porta, em um veículo guiado por criaturas que me diziam que "se parar em tudo o que é ponto não chego hoje no ponto final". Não sei se o que choca mais é o cidadão pensar isso realmente ou a cara de pau em assumir este pensamento.

Outra situação constrangedora é quando metros adiante do ponto onde você foi hediondamente abandonado, há um sinal que, alegria, fecha. Você sai ensandecido e arrependido de sua trajetória sedentária (desta vez o dinheiro da cerveja não importa, mas as horas que você deixa de se exercitar para bebê-la cobram seu tributo), na tentativa nem sempre bem sucedida de alcançar o alvo. Quando vitorioso e sem fôlego você entra, é com alívio e gratidão aos céus que você se joga na poltrona como se fosse uma jacuzzi morninha, e não tem pique nem para reclamar. Se, ao contrário, a besta-fera arranca dois segundos antes de você alcançá-la fazendo com que, num ato de desespero irracional você ainda grite para que o esperem (ainda que ouvissem...) a derrota e o vexame tomam conta de sua volta triunfal ao ponto onde durante mais meia hora você vai esperar pelo próximo algoz, mentalmente traçando uma estratégia para não deixá-lo passar e esboçando um e-mail para todos os meios de comunicação que você jamais enviará.

Sem contar as duas vezes em que o ônibus no qual eu estava bateu no veículo da frente. Na primeira vez eu peguei um táxi até o trabalho, e na segunda, dolorido da pancada entrei no próximo carro da mesma viação e linha (que quase bateu também no trajeto) depois de muito ter que brigar com o motorista que não queria me deixar subir sem pagar a passagem. Por sorte um dos fiscais da empresa, feliz por verificar que eu por conta de meu atraso seria um boletim de ocorrência a menos contra a empresa (que fiquei sabendo depois, pagou indenizações de até quatro mil reais às vítimas do acidente) me possibilitou a entrada.

É nesta realidade em que vivo, e é essa realidade que me fez ficar surpreso hoje ao voltar do Leblon para Copacabana. Vim de carona com uma amiga do trabalho até a Rua José Linhares, onde desci quase na esquina com a Ataulfo de Paiva. Vendo que meu ônibus estava parado no sinal, bati na porta que se abriu e entrei. A motorista, uma mulher gentilmente alertou que o sinal abriu e pediu que eu tomasse cuidado pois colocaria o veículo em movimento.

Só isso já me deixou espantado. No caminho a motorista viu uma vítima abandonada pelo ônibus da frente do nosso, parou no ponto, pediu que ele subisse, e ultrapassou o motorista insensível parando adiante de modo que ele não pudesse prosseguir e o feliz resgatado, que desceu agradecidíssimo, pudesse pegar o ônibus certo para o seu destino. No caminho, ela avisou um motorista de táxi que emparelhou conosco que a porta traseira de seu carro estava aberta. E ao contrário de seus colegas que param em fila dupla para o desembarque de passageiros colocando assim em risco suas vidas, parava no meio fio sempre, ainda que tivesse que avançar mais alguns metros por conta de veículos parados no ponto.

Pensei na possibilidade de as empresas só contratarem motoristas mulheres, uma vez que elas têm um instinto de preservação e proteção mais aguçados. Mas sei que isso é um pensamento que limita ao gênero uma característica que é do caráter. Há motoristas homens muito bons também. Esta alma boa que me conduziu até meu ponto em Copacabana, comentou com o cobrador que iria prestar no ano seguinte o vestibular para Faculdade de Rádio e TV ou Psicologia. Uma conquista para ela e uma grande perda para as ruas da cidade.

Pensei em mandar um e-mail para a viação elogiando a conduta da moça. Mas baseado pelo que eu vejo, ela deve ser uma exceção e eu na tentativa de ajudar poderia causar um prejuízo. Que ela passe no vestibular. Que mais motoristas como ela surjam por aí. Ou anti-motoristas. Ou anjos da guarda.

imagem - João Werner "Parada de Ônibus"
Hoodoo Gurus "Come Anytime"

domingo, 23 de novembro de 2008

Asteróides no espaço cibernético


A rede mundial é um mundo a parte, um cosmos.


E eu apesar de todo o meu interesse mas movido (o termo "mover" aqui é usado intencionalmente para acentuar ainda mais o paradoxo da afirmação) por uma monumental preguiça, e (des)motivado por tentativas mal sucedidas, vinha adiando há tempos a iniciativa de escrever um blog.


Cobranças de alguns, mas a cobrança maior vem de mim mesmo.


Agora posso me expressar na ilusão de que milhares de pessoas leiam o que escrevo, pelo menos está disponível para que milhares de pessoas leiam.


O ateróide é um corpo celeste assim chamado por assemelhar-se a uma estrela (quando visto da Terra, evidentemente). Pode também ser chamado de planetóide, por se assemelhar a um planeta, só que com dimensões infinitamente inferiores.


Mas um asteróide pode destruir um planeta. Ou mudar seu rumo para sempre.


Por isso estou aqui no espaço cibernético lançando mais um diminuto corpo celeste, que não se pretende uma estrela ou um planeta. Mas que sabe que carrega o poder da colisão ainda que não seja sua intenção destruir nada e nem mudar o rumo de nenhuma trajetória. Este é o poder da palavra, seja ela dita ou escrita. Imprevisível.


Nada mais do que palavras soltas no espaço cibernético. Aqui pretendo deixar impressões e recados, e vez por outra alguma historieta interessante.


Um abraço a quem dedicou o precioso tempo lendo estas. Espero que no decorrer do ano estelar e de outros anos-luz, haja interesse em voltar a essa órbita desajeitada que eu pretensiosamente começo a traçar.


André Briesi